Aula de Arte
Conteúdos
- Natureza-morta;
- História da Arte;
- Técnicas de observação e produção: desenho e pintura;
- Natureza-morta;
- História da Arte;
- Técnicas de observação e produção: desenho e pintura;
Ano
6º ao 9º anos
Tempo estimado
Dois meses
Materiais necessários
- Algumas imagens reproduzindo quadros clássicos de natureza-morta, facilmente encontradas em livros didáticos e/ou de história da arte, e na internet;
- Uma fruteira, contendo frutas com cores diferenciadas; preferência para as frutas artificiais, dado o tempo de exposição; objetos inanimados, como garrafas, copos, um porta canetas com objetos de diferentes cores;
- Papel para desenho, cartolina, tintas (guache), pincéis, lápis de várias numerações, borracha, papeis coloridos para recorte, cola, lápis de cor e outros materiais adicionais que o professor considerar necessários para o desenvolvimento da atividade.
Desenvolvimento das atividades
O desenvolvimento do projeto será feito basicamente em 3 fases: contextualização e história, observação e produção (desenho), pintura e exposição. Durante todas as etapas, é importante que os alunos desenvolvam um relatório de tudo o que fazem: isso ajudará no desenvolvimento crítico deles em relação às suas próprias obras, às obras do colega e à arte em geral. Esse relatório pode ser usado, também, na última etapa do projeto, quando serão discutidos os resultados.
Primeira etapa
Durante a primeira etapa de realização do projeto didático, o professor deve dar uma breve contextualização sobre o tema para os alunos. Selecione os aspectos importantes sobre a natureza-morta e leve imagens de natureza-morta para os alunos. Divida a sala em grupos de, no máximo, 5 (cinco) alunos. Distribua as imagens entre os grupos e peça que observem com atenção. Eles devem anotar todas as características que perceberam nas pinturas, como as formas, as cores, as sombras, a luz, os objetos, o estado dos objetos. Com as anotações em mãos, peça que os grupos troque as imagens e discuta com eles os elementos observados. O que um grupo observou é o mesmo que o outro observou? O que há de diferente? O que há de igual? Quais os elementos que foram mais relatados pelos alunos? Essa etapa ajudará a desenvolver nos alunos o olhar e fará com que percebam a importância da observação e da história da arte. Esqueça os conceitos pré-concebidos: deixe a coisa bem livre para que os alunos observem o que quiserem, e relatem o que quiserem.
Segunda etapa
Nas etapas posteriores, trabalharemos com diversas técnicas de desenho e observação. O professor pode escolher as que preferir. Sugiro que sejam desenvolvidas pelo menos 3 técnicas de desenho, uma em cada aula, por exemplo, para que o projeto tenha uma seqüência. Desenhar é mais do que representar objetos por meio de linhas e formas. Desenhar é fruto da imaginação individual de cada pessoa e, conseqüentemente, a possibilidade de cada universo individualizado ser compartilhado dentro de uma coletividade. As possíveis técnicas são:
1. Desenho Cego – é a técnica em que o aluno observa um objeto, percebendo suas características e formas, sem olhar para o papel, a fim de reproduzir exatamente o que é decodificado pelo cérebro através da visão. É um processo que auxilia no desenvolvimento da percepção e da concentração dos alunos. Leve uma fruteira/objetos para a sala de aula e peça que os alunos simplesmente observem o objeto e desenhem SEM OLHAR PARA O PAPEL. Peça para que eles troquem de desenho com o colega e discutam os resultados entre si (imaginei que o desenho ficaria assim? O que há de diferente em relação ao objeto real? O que isso representa?)
2. Desenho de Memória - por meio dessa técnica, o aluno treina a “representação” da realidade decorrente do processo de memorização, ou seja, a execução de uma imagem mental transportada para o papel. Peça que eles observem o objeto durante um tempo específico, prestando atenção na forma, na sombra, na disposição. Retire o objeto do campo de visão dos alunos e peça que eles desenhem o que lembram terem visto. Discuta usando o mesmo método anterior.
3. Desenho de Observação (ou desenho natural) – é a representação exata que fazemos do mundo, mediante o exercício do olhar. Com uma régua ou lápis nas mãos, diante dos olhos, o aluno poderá ter uma idéia das relações de proporção do objeto. As medidas de largura e altura facilitam o limite do objeto no papel. Essa técnica se diferencia do desenho cego por permitir uma constante comparação entre o tamanho do objeto real e o espaço ocupado por uma folha de papel em branco. Divida a turma em grupos de 4 ou 5 alunos e coloque suas carteiras em círculo. Coloque os objetos no centro da mesa, lembrando aos que os mantenham exatamente na mesma posição. Oriente-os para que reproduzam o que vêem observando, cada um em sua carteira, o objeto que vêem. É interessante que usem uma régua para medir o objeto, o que ajuda a reproduzir sua proporção e perspectiva. Discuta com os alunos, depois disso, os diferentes desenhos feitos pelos diferentes ângulos de observação.
4. Desenho baseado em figuras geométricas – os objetos observados podem ser interpretados como representações de inúmeras figuras geométricas, como quadrados, triângulos, círculos, losangos, entre outras. Peça que os alunos reproduzam o que vê com figuras geométricas simples. Você também pode levar papéis coloridos e revistas para a sala de aula, pedindo que os alunos reproduzam o objeto observado através de uma colagem com figuras geométricas recortadas.
5. Desenho que represente impressões sensoriais – por meio dessa técnica, os alunos poderão desenhar o que representa a observação de um determinado objeto, por meio de cores, ideologias, distorções, diferentes traçados e texturas. Essa é uma atividade mais livre, que exige mais criatividade e imaginação por parte do aluno. Eles podem, nesse caso, fazer uma “obra coletiva”. Reúna-os em grupo e peça para que cada aluno acrescente um elemento à obra, seja um desenho, um recorte, algo escrito, qualquer coisa que venha à mente no momento em que ele observa o objeto.
Terceira etapa
Chegou a hora dos alunos pintarem de fato. Nessa etapa, é importante não deixar de lado os elementos essenciais à observação e à pintura, como as cores, a forma, a sombra, os planos e a perspectiva. Inicialmente, você pode discutir com os alunos, através de obras apresentadas, o significado das cores, as formas utilizadas pelo artista, a distância dos objetos e ouros elementos do quadro. O mesmo pode ser feito com os desenhos que eles produziram. Lembre-se de que determinados objetos podem ser identificados por suas cores, como uma banana, amarela, uma mação, vermelha, o Sol, amarelo, etc. Quanto às sobras, vale destacar que ela pode ocultar determinadas características do objeto que o pintor considera indesejadas, bem como mudar a cor do objeto. Faça com que os alunos percebam, nos quadros apresentados, de onde vem a luz e onde a sombra é projetada. Em relação à perspectiva, procure fazer com que os alunos percebam as diferentes formas de se observar o objeto, afastando-o mais, aproximando-o, colocando outros objetos na frente, atrás, mudando o aluno de posição. Vale lembrar que a natureza-morta não é necessariamente representada pelos clássicos processos de formação de perspectiva. A perspectiva distorcida dos objetos pode demonstrar a possibilidade da existência de mais de uma visão da “realidade”.
Essa etapa pode ser desenvolvida com os alunos em grupo ou individualmente. Separe todo o material necessário, como pincéis e tintas, e peça, primeiramente, que os alunos façam um esboço do que irão pintar utilizando uma das técnicas de desenho da segunda-etapa. Com o desenho já pronto, misture cores, auxilie-os na confecção da cor adequada e peça que pintem o que vêem, dando sempre destaque para as cores e a forma. Depois das pinturas prontas, siga o mesmo procedimento de discussão adotado: os alunos devem trocar de desenho e perceber os elementos presentes em um e em outro, as semelhanças e diferenças, as características mais proeminentes e, sempre, desenvolvendo um olhar diferenciado em relação às produções: é igual à realidade? Lembra a realidade? É diferente em que sentido? Tenha cuidado para que os alunos não desenvolvam uma visão do tipo “meu desenho é melhor que o seu”; na arte não há competição, mas desenvolvimento crítico, estético, emocional. Cada desenho/pintura terá as características próprias daquele aluno.
Produto final
Ao final do projeto, o professor terá em mãos vários produtos: os “relatórios” reproduzindo o que os alunos observaram acerca de suas próprias produções e dos colegas, os desenhos e as pinturas. É interessante fazer uma “exposição” na escola para que as obras também sejam apreciadas e discutidas por outros alunos.
Avaliação
Sugiro que a avaliação seja feita de três formas: de diagnóstico, no início da primeira etapa do projeto; durante o próprio desenvolvimento do projeto, observando a interação dos alunos em grupo e com as atividades propostas, observando como as atividades transformam seu conhecimento e sua visão da realidade; e ao final da realização do projeto, avaliando as próprias produções e a forma com que os alunos aprenderam os conteúdos propostos.
6º ao 9º anos
Tempo estimado
Dois meses
Materiais necessários
- Algumas imagens reproduzindo quadros clássicos de natureza-morta, facilmente encontradas em livros didáticos e/ou de história da arte, e na internet;
- Uma fruteira, contendo frutas com cores diferenciadas; preferência para as frutas artificiais, dado o tempo de exposição; objetos inanimados, como garrafas, copos, um porta canetas com objetos de diferentes cores;
- Papel para desenho, cartolina, tintas (guache), pincéis, lápis de várias numerações, borracha, papeis coloridos para recorte, cola, lápis de cor e outros materiais adicionais que o professor considerar necessários para o desenvolvimento da atividade.
Desenvolvimento das atividades
O desenvolvimento do projeto será feito basicamente em 3 fases: contextualização e história, observação e produção (desenho), pintura e exposição. Durante todas as etapas, é importante que os alunos desenvolvam um relatório de tudo o que fazem: isso ajudará no desenvolvimento crítico deles em relação às suas próprias obras, às obras do colega e à arte em geral. Esse relatório pode ser usado, também, na última etapa do projeto, quando serão discutidos os resultados.
Primeira etapa
Durante a primeira etapa de realização do projeto didático, o professor deve dar uma breve contextualização sobre o tema para os alunos. Selecione os aspectos importantes sobre a natureza-morta e leve imagens de natureza-morta para os alunos. Divida a sala em grupos de, no máximo, 5 (cinco) alunos. Distribua as imagens entre os grupos e peça que observem com atenção. Eles devem anotar todas as características que perceberam nas pinturas, como as formas, as cores, as sombras, a luz, os objetos, o estado dos objetos. Com as anotações em mãos, peça que os grupos troque as imagens e discuta com eles os elementos observados. O que um grupo observou é o mesmo que o outro observou? O que há de diferente? O que há de igual? Quais os elementos que foram mais relatados pelos alunos? Essa etapa ajudará a desenvolver nos alunos o olhar e fará com que percebam a importância da observação e da história da arte. Esqueça os conceitos pré-concebidos: deixe a coisa bem livre para que os alunos observem o que quiserem, e relatem o que quiserem.
Segunda etapa
Nas etapas posteriores, trabalharemos com diversas técnicas de desenho e observação. O professor pode escolher as que preferir. Sugiro que sejam desenvolvidas pelo menos 3 técnicas de desenho, uma em cada aula, por exemplo, para que o projeto tenha uma seqüência. Desenhar é mais do que representar objetos por meio de linhas e formas. Desenhar é fruto da imaginação individual de cada pessoa e, conseqüentemente, a possibilidade de cada universo individualizado ser compartilhado dentro de uma coletividade. As possíveis técnicas são:
1. Desenho Cego – é a técnica em que o aluno observa um objeto, percebendo suas características e formas, sem olhar para o papel, a fim de reproduzir exatamente o que é decodificado pelo cérebro através da visão. É um processo que auxilia no desenvolvimento da percepção e da concentração dos alunos. Leve uma fruteira/objetos para a sala de aula e peça que os alunos simplesmente observem o objeto e desenhem SEM OLHAR PARA O PAPEL. Peça para que eles troquem de desenho com o colega e discutam os resultados entre si (imaginei que o desenho ficaria assim? O que há de diferente em relação ao objeto real? O que isso representa?)
2. Desenho de Memória - por meio dessa técnica, o aluno treina a “representação” da realidade decorrente do processo de memorização, ou seja, a execução de uma imagem mental transportada para o papel. Peça que eles observem o objeto durante um tempo específico, prestando atenção na forma, na sombra, na disposição. Retire o objeto do campo de visão dos alunos e peça que eles desenhem o que lembram terem visto. Discuta usando o mesmo método anterior.
3. Desenho de Observação (ou desenho natural) – é a representação exata que fazemos do mundo, mediante o exercício do olhar. Com uma régua ou lápis nas mãos, diante dos olhos, o aluno poderá ter uma idéia das relações de proporção do objeto. As medidas de largura e altura facilitam o limite do objeto no papel. Essa técnica se diferencia do desenho cego por permitir uma constante comparação entre o tamanho do objeto real e o espaço ocupado por uma folha de papel em branco. Divida a turma em grupos de 4 ou 5 alunos e coloque suas carteiras em círculo. Coloque os objetos no centro da mesa, lembrando aos que os mantenham exatamente na mesma posição. Oriente-os para que reproduzam o que vêem observando, cada um em sua carteira, o objeto que vêem. É interessante que usem uma régua para medir o objeto, o que ajuda a reproduzir sua proporção e perspectiva. Discuta com os alunos, depois disso, os diferentes desenhos feitos pelos diferentes ângulos de observação.
4. Desenho baseado em figuras geométricas – os objetos observados podem ser interpretados como representações de inúmeras figuras geométricas, como quadrados, triângulos, círculos, losangos, entre outras. Peça que os alunos reproduzam o que vê com figuras geométricas simples. Você também pode levar papéis coloridos e revistas para a sala de aula, pedindo que os alunos reproduzam o objeto observado através de uma colagem com figuras geométricas recortadas.
5. Desenho que represente impressões sensoriais – por meio dessa técnica, os alunos poderão desenhar o que representa a observação de um determinado objeto, por meio de cores, ideologias, distorções, diferentes traçados e texturas. Essa é uma atividade mais livre, que exige mais criatividade e imaginação por parte do aluno. Eles podem, nesse caso, fazer uma “obra coletiva”. Reúna-os em grupo e peça para que cada aluno acrescente um elemento à obra, seja um desenho, um recorte, algo escrito, qualquer coisa que venha à mente no momento em que ele observa o objeto.
Terceira etapa
Chegou a hora dos alunos pintarem de fato. Nessa etapa, é importante não deixar de lado os elementos essenciais à observação e à pintura, como as cores, a forma, a sombra, os planos e a perspectiva. Inicialmente, você pode discutir com os alunos, através de obras apresentadas, o significado das cores, as formas utilizadas pelo artista, a distância dos objetos e ouros elementos do quadro. O mesmo pode ser feito com os desenhos que eles produziram. Lembre-se de que determinados objetos podem ser identificados por suas cores, como uma banana, amarela, uma mação, vermelha, o Sol, amarelo, etc. Quanto às sobras, vale destacar que ela pode ocultar determinadas características do objeto que o pintor considera indesejadas, bem como mudar a cor do objeto. Faça com que os alunos percebam, nos quadros apresentados, de onde vem a luz e onde a sombra é projetada. Em relação à perspectiva, procure fazer com que os alunos percebam as diferentes formas de se observar o objeto, afastando-o mais, aproximando-o, colocando outros objetos na frente, atrás, mudando o aluno de posição. Vale lembrar que a natureza-morta não é necessariamente representada pelos clássicos processos de formação de perspectiva. A perspectiva distorcida dos objetos pode demonstrar a possibilidade da existência de mais de uma visão da “realidade”.
Essa etapa pode ser desenvolvida com os alunos em grupo ou individualmente. Separe todo o material necessário, como pincéis e tintas, e peça, primeiramente, que os alunos façam um esboço do que irão pintar utilizando uma das técnicas de desenho da segunda-etapa. Com o desenho já pronto, misture cores, auxilie-os na confecção da cor adequada e peça que pintem o que vêem, dando sempre destaque para as cores e a forma. Depois das pinturas prontas, siga o mesmo procedimento de discussão adotado: os alunos devem trocar de desenho e perceber os elementos presentes em um e em outro, as semelhanças e diferenças, as características mais proeminentes e, sempre, desenvolvendo um olhar diferenciado em relação às produções: é igual à realidade? Lembra a realidade? É diferente em que sentido? Tenha cuidado para que os alunos não desenvolvam uma visão do tipo “meu desenho é melhor que o seu”; na arte não há competição, mas desenvolvimento crítico, estético, emocional. Cada desenho/pintura terá as características próprias daquele aluno.
Produto final
Ao final do projeto, o professor terá em mãos vários produtos: os “relatórios” reproduzindo o que os alunos observaram acerca de suas próprias produções e dos colegas, os desenhos e as pinturas. É interessante fazer uma “exposição” na escola para que as obras também sejam apreciadas e discutidas por outros alunos.
Avaliação
Sugiro que a avaliação seja feita de três formas: de diagnóstico, no início da primeira etapa do projeto; durante o próprio desenvolvimento do projeto, observando a interação dos alunos em grupo e com as atividades propostas, observando como as atividades transformam seu conhecimento e sua visão da realidade; e ao final da realização do projeto, avaliando as próprias produções e a forma com que os alunos aprenderam os conteúdos propostos.
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